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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Assim Falou Zaratustra

A coragem mata também a vertigem à beira de abismos! E onde estará o homem senão à beira de abismos? Mesmo olhar, não será olhar abismos? (…) Mas a coragem, a coragem que ataca é o melhor dos matadores, mata a própria morte pois diz: “ISTO é a vida? Pois então, outra vez! — Nietzsche,

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ao que se chama de Amor.

   Cansamo-nos pouco a pouco do antigo, do que possuímos com certeza, temos ainda necessidade de estender as mãos; mesmo a mais bela paisagem, quando vivemos diante dela mais de três meses, deixa de nos poder agradar, qualquer margem distante nos atrai mais: geralmente uma posse reduz-se com o uso. O prazer que tiramos a nós próprios procura manter-se, transformando sempre qualquer coisa nova em nós mesmos, é precisamento a isso que se chama possuir. Cansar-se de uma posse é cansar-se de si próprio (pode-se também sofrer com o excesso; à necessidade de jogar fora, de dar, pode assim atribuir-se o nome lisongeiro de "amor")
Teimosia e fidelidade - Ele define ainda por teimosia uma causa cuja clareza enxerga, mas chma a isso "fidelidade".

Espírito e Caráter - Muitos atingem o seu máximo quanto ao caráter, mas o espiríto não se encontra à altura deste, e em muitos outros sucede o inverso.

Sonhar - De maneira nenhuma sonhamos, mas caso o fizemos é de maneira interessante. É necessário, pois, aprendermos também a estar acordados: de maneira alguma ou de mandeira interessante.

( A Gaia Ciência - Nietzsche)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O Solitário - Nietzsche

Detesto seguir alguém assim como detesto conduzir.
Obedecer? Não! E governar, nunca!
Quem não se mete medo não consegue metê-lo a
          ninguém,
E só aquele que o inspira pode comandar.
Já detesto guiar-me a mim próprio!
Gosto, como os animais das florestas e dos mares,
De me perder durante um grande pedaço,
Acocorar-me a sonhar num deserto encantador,
E forçar-me a regressar de longe aos meus penates,
Atrair-me a mim próprio... para mim.

(e o poeta cai na armadilha) Nietzsche.

Ó maravilha! Voará ainda?
Sobe e as suas asas não se mexem?
Quem é então que o leva e faz subir?
Que fim tem ele, caminho ou rédea, agora?

Como a estrela e a eternidade
Vive nas alturas de que se afasta a vida,
Compassivo, mesmo para com a inveja...
E quem o vê subir sobe também alto.

Ó albatroz! Ó minha ave!
Um desejo eterno me empurra para os cimos
Pensei em ti e chorei
Chorei mais e mais...Sim, amo-te !

À Distância...

Esta montanha faz todo encanto e todo o caráter da regiao que domina: após nos dizermos isso, muitas vezes, tornamo-nos bastante loucos e bastante agradecidos para acreditar que, conferindo o encanto, deve ter em si própria o que há de mais encantador na região, e assim, subimos até ao cume e nos decepcionamos. De repente o encanto desaparece das suas encontas, da paisagem que nos rodeia e daquela que se estende a nossos pés;esquecemos que grande número de grandezas devem, como grande número de bondades, ser vista a certa distância, e de baixo, nunca do alto;...é somente assim que fazem efeito. Talvez saibas de pessoas do teu próprio meio que só podem olhar-se a si próprias a uma certa distância para se julgarem suportáveis, sedutoras e animadoras, o autoconhecimento é uma coisa que não lhes é aconselhável. (A Gaia Ciência - Friedrich Nietzsche)

Pensamentos de Nietzsche

" A vantagem de ter boa memória é divertir-se várias vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez."

" Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas."

"Torna-te aquilo que és"

"É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela"

"Não se odeia quando pouco se preza, odeia-se só o que está à nossa altura ou é superior a nós"

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A tal da Razão.

A razão é comparada a uma finíssima folha de papel que delicadamente queima no ardente fogo da Paixão.